segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Atalaia é só em Setembro, mas é preciso vender EP's.

Discute-se, e votar-se-á, hoje na Assembleia da Republica uma irrelevante e inconsequente moção de censura ao Governo; Irrelevante porque ninguém quer saber; Inconsequente porque todos sabemos qual o resultado.
Independentemente das razões – que as há – que levaram o PCP a apresentar esta moção, é importante avaliar o sistema partidário, com ou sem necessidade de avaliar o sistema político como um todo, e a forma como o mesmo é visto de uma forma meramente instrumental por quem, tendo em conta a aparente “moralidade” que apregoa no seu discurso, deveria ter maior consistência na forma como está na política.
O PCP, é quem mais serve os interesses obscuros contra os quais se insurge, quando menospreza a figura da moção de censura em favor dos seus próprios interesses.
A discussão de hoje não visa censurar o governo visa, isso sim, informar que o PCP está ainda vivo fora dos aparelhos sindicais, e que a sua notoriedade social, vai muito para além do festival de música que organiza todos os anos na quinta da Atalaia.
O papel do Partido Socialista em tudo isto é ainda mais complicado de perceber. Por um lado é uma virgem desrespeitada pela esquerda que já não percebe e ofendida pela direita que já não o respeita.
O PS, abster-se-á na moção de censura evocando razões para que com ela estivesse de acordo, e isso só é percetível no quadro da tática política rasteira que tanto critica nos outros. O PS deve ter mais atenção a estas posturas inconsequentes, caso não queira vir a ser um partido confundido com esta moção: Irrelevante.

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